
Maria Isaltina Lucas faz parte da lista das figuras envolvidas na contratação das dívidas ilegais que já levaram à detenção de Manuel Chang, antigo ministro das Finanças entre 2005 e 2015.
Segundo o relatório da auditoria internacional da Kroll, Maria Isaltina Lucas, na sua qualidade de directora Nacional do Tesouro (2013 e 2014), participou activamente na emissão de garantias do Estado sem nenhuma base legal a favor das empresas ProIndicus, MAM e Ematum.
Maria Isaltina Lucas faz parte dos 16 gestores públicos que a Procuradoria-Geral da República quer ver responsabilizados financeiramente pelo Tribunal Administrativo.
Além de ter co-autorizado a emissão de garantias do Estado, Maria Isaltina Lucas é acusada de exercício simultâneo de funções no Estado e nas empresas beneficiárias dos empréstimos ilegais; e de gestão de fundos provenientes das dívidas ilegais.
Sobre Maria Isaltina Lucas pesa ainda o facto de ter recebido, enquanto membro do conselho de administração da Ematum, honorários mensais entre Agosto de 2013 e Julho de 2014 que totalizam cerca de 95 mil dólares americanos.
Até à data da sua exoneração, Maria Isaltina Lucas era a única gestora pública envolvida directamente na contratação das dívidas ilegais com direito a assento no Conselho de Ministros.
Como é habitual, o comunicado da Presidente da República não menciona as razões da exoneração da vice-ministra da Economia e Finanças.
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