Uma mulher Zimbabweana está detida no Comando distrital de Chókwè acusada de traficar sua cunhada. De acordo com a Polícia, o crime terá sido cometido com ajuda do irmão da vítima.
A vítima deixou Moçambique a 18 de Julho deste ano, rumo a uma suposta cerimónia familiar onde representaria seu irmão e, também com a promessa de um emprego.
Helena Maringue conta que um pouco antes de aparecer o carro que a iria levar para o destino final, foi concedida um último telefonema, para ouvir e falar com um único familiar pela última vez. O filho com quem falou, revela que tentou negociar a liberdade da mãe, mas sem sucesso.
Quase um mês depois, Maringue fugiu, tendo conseguido chegar a Moçambique, onde informou a Polícia.
A mulher que é acusada de rapto, é a esposa de seu irmão, que vive na vizinha África do Sul. A indiciada fala de um mal-entendido causado por uma conversa que a vítima terá ouvido, entre ela e uma outra mulher.
O jurista Elísio de Sousa diz que é preciso ter certeza da intenção de extração de órgão para que a indiciada seja condenada.
O caso de Helena Maringue é apenas mais um, no crescente número de casos de tráfico de seres humanos no país. Em 2016, por exemplo, foram registados 19 casos, e só no primeiro semestre de 2017, o número registado foi mais do que a metade do ano anterior, atingindo os 11 casos.
De acordo com o último relatório divulgado pela Liga dos Direitos Humanos, Zimbabwe, África do Sul e Malawi estão entre os principais destinos do tráfico de seres humanos, sendo que os principais alvos são mulheres e crianças.
Comentários
Enviar um comentário