O repatriamento de Momade Assife Satar, mais conhecido por Nini Satar, deverá ter lugar dentro dos próximos sete dias, segundo avança a AIM, que cita o jornal ‘Notícias’.
Segundo a agência de notícias, Moçambique não tem acordo bilateral de extradição com a Tailândia, devendo o repatriamento de Nini Satar acontecer no âmbito das convenções internacionais em que ambos os Estados aderiram contra o crime organizado e transnacional, terrorismo, branqueamento de capitais entre outros.
E no quadro dos procedimentos judiciais da Tailândia, sete dias é o tempo descrito como máximo para que todas as formalidades estejam cumpridas e o moçambicano recambiado.
Nini Satar foi capturado na última quarta-feira, na Tailândia, sob posse de um passaporte falso, que ostentava o nome Sahime Mohammad Aslam, na sequência de um mandado de captura internacional, requerido em Abril do ano passado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), viabilizado pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.
O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) refere já está a trabalhar com vista a esclarecer e identificar todos os envolvidos na emissão do passaporte falso que Nini Satar portava quando foi detido.
A PGR revogou a liberdade condicional de que gozava no âmbito da pena que cumpria em conexão com os casos do assassinato do jornalista Carlos Cardoso, em 2000, e o desfalque de 14 milhões de dólares no ex-BCM, nos anos 1996.
Segundo os argumentos da PGR, Nini Satar formou uma organização criminosa cujo propósito é raptar cidadãos moçambicanos para posteriormente exigir avultadas quantias em dinheiro.
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