Personalidades indignadas com o rapto de Salema

Membros de organizações da sociedade civil mostram-se indignação em relação ao rapto de Ericino de Salema. 


Para Jaime Macuane, o país tem que lutar para que este tipo de coisas não voltem a acontecer, “mesmo que nós tenhamos que morrer nesta luta. Isto é opressão, não tenhamos dúvidas em relação a isso. O tirano, quando te pisa, não pára, vai continuar a pisar mais ainda”, disse Macuane.

Além de Jaime Macuane, outro comentador do programa da Stv que também foi violentado, depois de um rapto, interveio também, esta tarde, a Chefe da Bancada da Renamo, na AR. Para Ivone Soares, o que aconteceu com Salema é um recado para todas as pessoas que pensam e emitem publicamente sua opinião, uma mensagem de terror para toda a sociedade. “Isto é inaceitável! É tempo de dizer Não a estas situações. A sociedade não deve engolir mensagens de quem fala é morto”.

De acordo Soares, fica difícil dissociar o caso dos últimos pronunciamentos políticos que o comentador teceu. “Temos que mandar uma mensagem forte para as pessoas que nos querem intimidar”.

Ainda na percepção de Soares, é tempo de o país recorrer a entidades internacionais porque está provado que internamente não se consegue resolver este tipo de casos.

O Vogal da CNE, José Belmiro, entende que esta é uma questão que assusta a todos, “uma mensagem que remete a questões sobre suas actuações na Stv. Se for mesmo esse o caso, é algo grave. Esperamos que a PGR cumpra a sua missão e que a PRM venha esclarecer o que está a acontecer”.

Fernando Bismarque, do MDM, afirma que o sentimento que o envolve é de choque, num claro retrocesso à democracia. “Esta é uma afronta ao direito à palavra. Não sejamos ingénuos, este rapto tem relação com as últimas declarações feitas pelo comentador no programa Pontos de Vista”.





A propósito de Pontos de Vistas, o apresentador do programa, Jeremias Langa, disse, reagindo ao caso, que lhe é difícil fazer cogitações. No entanto, assume que o rapto não pode ser por acaso. Ainda assim, Langa prefere que as pessoas tirem suas próprias conclusões sobre que país se está a construir. “A parte mais angustiante, disto tudo, é que, provavelmente, não saberemos quem está por detrás disto tudo”, disse Jeremias Langa.

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