Grande parte das estradas de Nampula são de terra batida. Na sua maioria encontram-se e em péssimo estado de transitabilidade. Chegar à vila sede do distrito de Moma, por exemplo, tornou-se mais difícil, principalmente depois da passagem da depressão tropical que afectou a zona norte do país. Quer seguindo a via do distrito de Murrupula, quer seguindo a de Mogovolas, o percurso de cerca de duzentos quilómetros continua espinhoso chegando a durar mais de dez horas de viajem. Esta é uma situação que está a condicionar o desenvolvimento da vila sede daquele distrito, onde muitos estabelecimentos comerciais já fecharam as portas devido aos custos do transporte de mercadorias de diferentes pontos para a vila.
Os poucos comerciantes que ainda sobrevivem com os seus negócios revelaram ser muito complicado continuar com a actividade comercial.
“O problema das estradas é péssimo. As estradas aqui não ajudam o desenvolvimento de negócio nem mesmo o desenvolvimento do próprio distrito” disse Raul Pitaro, um comerciante local.
Os comerciantes dizem que quando vão comprar de mercadorias, às vezes, são obrigados a pernoitar pelo caminho devido a precariedade das vias de acesso.
“Quando você sai hoje para Nampula fazer compras passa dois dias no caminho a regressar”, afirmou agastado António Baudo outro comerciante local.
Raríssimas vezes é impossível fazer ida e volta no mesmo dia neste percurso de 200 quilómetros. Esta é a mesma distância a entre Nampula e Nacala onde os automobilistas fazem duas a três viagens diárias.
Ainda, assim Juvenato Bernardo, director dos serviços distritais de planeamento e infraestruturas em Moma, desdramatiza a situação, afirmando que as estradas de Moma são transitáveis.
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