Sector privado aposta na boa governação

confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) projecta lançar brevemente campanhas de sensibilização dos homens de negócio sobre a necessidade da boa governação, nomeadamente no tocante ao pagamento de impostos e cumprimento dos prazos estabelecidos nos contratos bem como ao combate à evasão fiscal e à informalidade.
Luís Sitoe, director executivo da CTA, disse que em finais do ano passado “a confederação adoptou um código de ética e de conduta para os seus membros e dirigentes, com vista a imprimir maior integridade e transparência na gestão dos negócios em Moçambique”. 
“A CTA considera a integridade dos negócios como uma qualidade necessária para estar no topo da lista dos parceiros de negócios. A integridade traz a reputação ou um valor extremamente valioso para os negócios”, disse Sitoe, falando recentemente em Maputo durante um “workshop” sobre a matéria, promovido pelo Instituto de Directores de Moçambique (IoDMz).
O “workshop”, subordinado ao tema “O Pacto de Integridade de Negócios Contra a Corrupção”, organizado em parceira com a CTA, contou com a presença de representantes das empresas associadas, do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) e da Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições (UFSA), entre outras entidades. 
Entretanto, o vice-presidente do IoDMz, João Martins, intervindo na ocasião, disse que o “workshop” está inserido nas acções de promoção do pacto de integridade nos negócios em Moçambique que a sua agremiação está a desenhar em parceria com a Embaixada da Suécia.
O mesmo visa introduzir em Moçambique um conjunto de regras sobre como é que se deve fazer negócios de forma íntegra, com ética e sem corrupção.
“Pretende-se ainda com este ‘workshop’ conjugar as regras do pacto na perspectiva dos sectores privado e público, ‘versus’ a legislação e quadro normativo em vigor no país, daí que contamos com a presença do representante do GCCC e da UFSA”, disse João Martins.
Acrescentou que “queremos reforçar as acções do Governo e do Judiciário para a melhoria do ambiente de negócios e o estímulo de um clima empresarial forte e equitativo”.  
Num outro desenvolvimento, o vice-presidente da IoDMz revelou que o tema de “workshop” já foi discutido a nível das províncias, incluindo a cidade de Maputo, no seio dos sectores privado e público bem como nas organizações da sociedade civil. 
Em representação do GCCC, Bernardo Duce, procurador e porta-voz deste organismo, entendeu que a iniciativa do IoDMz, de desenvolver e implementar um pacto de integridade de negócios, constitui uma resposta positiva ao chamamento que é feito a todos os segmentos da sociedade para participar de forma activa na prevenção e combate à corrupção. 
“A abordagem deste tema é de extrema importância, pois contribui para que os operadores deste sector tomem a consciência dos efeitos negativos do fenómeno da corrupção nos negócios e das consequências legais que podem recair sobre os corruptos em resultado das suas práticas”, disse.

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