Ex-governadores negam envolvimento com activistas

Dois antigos governa­dores da província de Luanda, dirigentes do MPLA, recusaram, ontem, qual­quer relação com os activistas acusados de preparação de uma rebelião, garantindo que nunca foram contactados para integrar um alegado governo de salvação nacional.
Os dois militantes do Movi­mento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no po­der, prestavam ontem declara­ções, enquanto testemunhas, no julgamento dos 17 activistas que decorre em Luanda. Tal como outras quatro pessoas ouvidas nesta sessão, integram a lista de um suposto governo de salvação nacional, utilizada como prova em tribunal contra os jovens, acusados ainda neste processo de actos preparatórios de um atentado contra o presidente.
José Aníbal Rocha, de 67 anos, desempenhou o cargo de gover­nador da província de Luanda de 1997 a 2002 – entre outros cargos e funções no MPLA – e estava indicado na referida lista, associada pela acusação aos 17 jovens “revolucionários”, para ministro da Construção e Obras Públicas, mas afirmou em tri­bunal a “surpresa” quando foi alertado para a inclusão do seu nome na referida lista.

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