Numa mensagem dirigida aos munícipes de Inhambane, na última quarta-feira (23), durante uma conferência de impressa que tinha por objectivo a busca de soluções para o combate a feitiçaria em Moçambique. A presidente provincial da medicina tradicional em Inhambane Ruthe Samuel, defendeu que a maioria dos casos como o ódio e a feitiçaria registados no país e em particular na província de Inhambane são causados pelas diferenças sociais e pelos curandeiros mal informados. “É notório ver famílias a procura de curandeiros para a cura dos problemas, e que muitos deles são mal informados ou seja que incitam a violência”, sublinhou. Em Inhambane por exemplo, há muitos pais, avós que são assassinados pelos filhos ou netos, acusado-os de feiticeiros. Este fenómeno é mais comum durante a quadra festiva. “Os jovens no seu íntimo devem saber que desde criança os pais não lhe enfeitiçaram e muito menos lhes desejaram o mal, não há motivos de se deixarem enganar por um certo grupo de curandeiros que cujo objectivo é destruir a família, separar os filhos dos pais ou netos dos seus avós. Queremos que as famílias passem uma quadra festiva num ambiente de paz”, sublinhou. Por outro lado, Ruthe Samuel chama também atenção aos chamados curandeiros mal informados ou burladores, para que não usem do cargo para tirarem proveito, pois aquele que for encontrado ou denunciado por denegrir a imagem dos bons curandeiros será punido nos termos da lei. Aliás a responsável avançou ainda que já está em curso o processo de investigação dos curandeiros a nível da província. A acção esta liderada pelos activistas da medicina tradicional, o objectivo é acabar com os falsos curandeiros. A nível da província de Inhambane, a associação conta com perto de 1500 colaboradores, sendo que 400 são da Maxixe.
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