Construções embargadas no Jardim 28 de Março

A edificação
de infra-estruturas dentro do Jardim 28 de Março, mais conhecido como “quartel dos Madjermanes”, na cidade de Maputo, acaba de ser embargada por ir além dos limites estabelecidos pelo município. De acordo com o Conselho Municipal, o contrato de concessão estabelecido com a entidade privada prevê apenas a edificação de pequenos empreendimentos comerciais, tais como quiosques e lanchonetes, obras que não destroem o verde nem usurpam o espaço do jardim. Entretanto e de acordo com António Simão Júnior, director municipal de Jardins e Parques, o concessionário deu sinais de querer transformar o local em mercado ou num conglomerado de barracas. É que fora das unidades comerciais que já funcionam desde o ano passado, tanto do lado da Avenida 24 de Julho como de Albert Luthuli, há outras construções no interior do jardim, que põem em causa o espaço que deve servir para o deleite e lazer dos citadinos. Foi nesse sentido que o concessionário foi instado a parar com as obras e corrigir os projectos para que o espaço continue a ser um jardim e não vire um centro comercial. Falando recentemente ao nosso Jornal, António Simão disse que nesta fase a firma foi chamada a rectificar o projecto, sendo que ainda não se avançou para uma medida extrema que seria a retirada da concessão. A concessão do “Jardim dos Madjermanes”, que reabriu em meados do ano passado, seguiu o exemplo de outros espaços do mesmo género. Entre vários, destacam-se os jardins dos Namorados, dos Professores e Nangade, ex-Dona Berta. Contudo, os empreendimentos erguidos naqueles espaços são comparativamente menores ao dos “Madjermanes”. Recentemente, foi reaberto o Tunduru, o maior jardim botânico da cidade e do país, só que a sua gestão continua inteiramente sob a alçada do Conselho Municipal, embora esteja prevista a instalação de um restaurante, que a edilidade diz que vai gerar renda para a manutenção do local.

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