POUCO mais de duzentos agricultores das provincias de Maputo, Gaza e Inhambane beneficiaram de uma formação em novas técnicas de produção de plantas tolerantes à seca e resistentes às bacterias. A capacitação está a ser ministrada pelo Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) em parceria com Universidade Eduardo Mondilane (UEM) e a Direcção Nacional de Extenção Agrária de Moçambique (DNEA), numa inicitiva que visa fazer face à problemática das mudanças climaticas. A instrução está inserida num projecto designado BLEANSA (Bulding a Large EverGreen Network for Southern Africa), que visa promover uma agricultura ambientalmente sustentável e que valorize a conservação da terra. O projecto visa igualmente minimizar a problemática da insegurança alimentar provocada pelos diversos efeitos negativos das mudanças climáticas e incentivar o cultivo de plantas que toleram a seca e resistem às pragas. Atráves desta iniciativa, os camponeses aprendem as novas técnicas necessárias e através da transferência de tecnologias ministradas pelos especialistas das três instalações que implementam o projecto para melhorar a produtividade, particularmente de fruteiras naturais e exóticas. Para além da formação, foram construidos diversos campos de ensaios onde são feitos as demonstrações de produção de plantas. Nestes locais é explicada maneira de preparação de solos, a sementeira e como preoceder face ao ataque de pragas. A ideia é criar condições para que os agricultores passem a conhecer todos os procedimntos de produção de mudas, desde a identificação de solos, fazer misturas, o enchimento de vasos, rega nos vasos enchidos, a sementeira e depois a tranferência das plantas para a réplica e posterior produção. A formação está a ser ministrada para agricultores de algumas localidades dos distritos de Magude, Manjacaze e Zavala, nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane respectivamente. Para além de promover a formação dos agricultores, o projecto BLEANSA está a incentivar a piscicultura através do financiamento da construção de tanques piscícolas, uma actividade apenas realizada no distrito de Zavala. Neste sentido foram abertos quatro tanques piscícolas com diferentes dimensões, desde 10 por 50 metros e 20 por 50 metros com uma capacidade para 2500 e cinco mil alivinos respectivamente. Esta actividade está a ser implementada com vista a alargar a capacidade de fornecimento de peixe, cuja disponibilidade começa a reduzir no distrito de Zavala.

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