Maputo 02 Agos (AIM) O lider da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, considera imprudente a decisão do governo de patentear dois antigos homens das suas forcas residuais. Receber um adversário e promove-lo logo a General? Isso é normal? Aquilo é uma desgraça, mas para mim aquilo é uma grande alegria, porque não temos adversário, disse o líder da Renamo, citado pela televisão privada, STV. Dhlakama referia-se a Abílio Mucuepa e Manuel Lavimo integrados esta semana respectivamente na Polícia moçambicana e nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique. Os dois antigos membros do braço armado da Renamo faziam parte da extinta Equipa Militar de Observadores da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM), cuja missão era assistir o desarmamento dos homens armados da Renamo, antigo movimento rebelde e sua integração nas Forcas de Defesa e Segurança ou sua reintegração na sociedade. Momentos depois do patenteamento, Mucuepa disse que tomou a decisão sem o consentimento do seu partido. O meu partido não sabe da minha decisão. Estou bem aqui e vou trabalhar para a minha família. Agora não sou da Renamo, nem sou da Frelimo (partido no poder), apenas vim trabalhar para o Estado moçambicano, afirmou. Ha sensivelmente dois anos que o governo e a Renamo vem dialogando sobre questoes politicas, incluindo o desarmamento e integracao das forcas residuais da Renamo nas Forcas de Defesa e Seguranca. Neste ponto, persistem impasses, uma vez que a Renamo defende que só vai apresentar a lista dos seus homens mediante o compromisso da partilha de cargos de chefia a nível das Forças de Defesa e Segurança.
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