A Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, reagiu, pela primeira vez, às acusações do chefe da delegação do Governo no diálogo político e do governador da província de Inhambane segundo as quais esta força política estaria a movimentar homens armados naquela província. Segundo António Muchanga, as afirmações de José Pacheco, que é também Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, e pelo governador Agostinho Trinta, estão longe de ser verdade. Muchanga apontou que os homens da Renamo em Inhambane estão nos distritos de Mabote, Funhalouro, Panda e Homoine desde finais de Dezembro de 2013, muito antes da assinatura do Acordo de Cessação das Hostilidades em Setembro do ano passado. Na óptica de Muchanga, quem tem vindo a violar o Acordo são as forças governamentais que montaram novas posições nas províncias de Inhambane, Sofala, Tete, Zambézia e Nampula. O Governo, segundo a fonte, tem movimentado as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e Força de Intervenção Rápida (FIR) incluindo material bélico para várias províncias, ignorando o Acordo que preconiza que as forças devem ficar estacionadas onde estavam até ao dia da assinatura do Acordo de Cessação das Hostilidades (5 de Setembro de 2014). Muchanga disse ainda que as tropas da Renamo entraram em Gaza e estão nos distritos de Chigubo, Chibuto e Guijá. Atravessaram o rio Changane em direcção a oeste, e estão próximos de atravessar o Limpopo e o Incomati, em direcção ao sul. Esta movimentação, de acordo com Muchanga, visa procurar distanciar-se das forças do Exército, porque querem evitar confrontos com as FADM e FIR, situação que colocaria em causa a paz no país
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